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Da teoria à prática, e à teoria...

Buscamos alternativas ao que esta dado. Dentro da complexidade do se estar vivo, procuramos alternativas que façam sentido frente às inúmeras práticas rotineiras e cotidianas degradantes de pessoas e do ambiente, do modelo urbano industrial e capistalista da sociedade.  

REFAZENDA
Gilberto Gil

 

Abacateiro acataremos teu ato
Nós também somos do mato como o pato e o leão
Aguardaremos brincaremos no regato
Até que nos tragam frutos teu amor, teu coração
Abacateiro teu recolhimento é justamente
O significado da palavra temporão
Enquanto o tempo não trouxer teu abacate
Amanhecerá tomate e anoitecerá mamão
Abacateiro sabes ao que estou me referindo
Porque todo tamarindo tem o seu agosto azedo
Cedo, antes que o janeiro doce manga venha ser também
Abacateiro serás meu parceiro solitário
Nesse itinerário da leveza pelo ar
Abacateiro saiba que na refazenda
Tu me ensina a fazer renda que eu te ensino a namorar
Refazendo tudo
Refazenda
Refazenda toda
Guariroba

A Terra, a Horta e o Alimento
 
 Os dois principais impulsos vitais à vida são se alimentar, e reproduzir. Infelizmente não vamos falar sobre nossos hábitos e costumes reprodutivos nesse parágrafos (prometo num próximo). Mas até mesmo para se reproduzir, precisamos estar bem alimentados.
 
 O que é um alimento bom? O que aconteceu ao longo do tempo com nossa alimentação? Como chegamos ao quadro atual da crise alimentar? (Sim existe uma crise alimentar mundial!)
 
 Um dos primeiros passos para compreender nossa alimentação é a retomada das práticas agrícolas. Compreender a realidade atual do modo de produção de alimentos, carregada de químicos e desperdício de energia, traz a tona quais práticas realizar e estimular.
 
 O tempo das plantas não é o nosso tempo. Talvez o nosso tempo não seja o tempo de fato, ele não corre e encurta, ele dura. Só começamos a entender um pouco desse tempo ao coexistir e cultivar nossos alimentos. E para isso, temos nossa companheira, a horta!
 
Luiz Henrique 

 

 

A Cozinha
 

"Cozinhar é o mais privado e arriscado ato. 

No alimento se coloca ternura ou ódio. 

Na panela se verte tempero ou veneno. 

Cozinhar não é serviço. 

Cozinhar é um modo de amar os outros."

(Mia Couto - O Fio das Missangas)

 

 Cozinhar é dar: causar prazer e partilhar, de maneira que transforma aquilo que é da terra, que é "natural" em comida! Ou seja, aquilo que é socialmente aceito para ser incorporado.

 Entrando no corpo do comedor torna-se próprio comedor, participando física e simbolicamente da manutenção de sua integridade e da construção de sua identidade. Assim podemos dizer que comer é um ato que religa o ser humano à natureza, ao real. 

 Vivemos na era da abundância de alimentos (para alguns!), mas que são cada vez menos indentificados e conhecidos (serão alimentos mesmo?). 

 Industrializada, a alimentação suscita questões que podem rapidamente transformar-se em angústias (sentimento tão frequente nos últimos tempos). De onde o alimento vem? Que transformações sofreu? Por quem foi manipulado? 

 Compreendemos que através do conhecimento das relações que o alimento passa que vamos entender as transformações que ele nos faz, e nos forma! Por isso que a nossa cozinha é nada mais do que a extensão do nosso quintal!

 

Manuela Silveira

 

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