Cubiu, maná ou maná-cubiu!

Essa solanaceae, que lembra em muitos aspectos uma berinjela, leva até nome de tomate; maná-cubiu, topiro, cocona e tomate-de-índio são algumas das denominações que essa frutinha possui. Uns dos nome, o que remete ao seu primo tomate, tomou a apropriação "de índio" por ter sido domesticada pelos mesmos muito antes de Colombo chegar. Também por esse motivo, sua frequência é maior na região da Amazônia ocidental, sendo encontrada em menor escala aqui pelo sudeste. Nós a encontramos no litoral sul paulista, em Cananéia, na feira de domingo que ocorre no centro da cidade.

Conhecida da região, a maná-cubiu é consumida usualmente em forma de suco, podendo se apresentar em geléias, sorbets e bebibdas fermentadas, na versão salgada as receitas mais comuns são as caldeiradas e vinagretes.

Por ser nativa tem fácil manejo e cultivo, sua propagação se dá principalmente por sementes podendo também ocorrer por estacas e enxertos. Pela sua afinidade com áreas sombreadas se dá super bem em cultivos agroflorestais, furtificando em até três meses. Clodoaldo, produtor o qual adquirimos os frutos diz que cada pé dura de 2 a 3 anos.

Apesar de extremamente ácida, não possui nenhuma ação toxificante ou adstringente, e fica excelente quando processada, com seu alto teor de pectina traz mais consistência e propriedades geleificantes para os pratos! Juntamente com o alto teor de pectina, as fibras presentes atuam como redutores de colestorel e ajudantes no controle da diabetes.

Aqui vai uma receitinha de suco de maná cubiu que estamos fazendo em casa:

Bata de 3 a 4 frutos médios, descascados, no liquidificador. Para cada 250g de polpa de fruta obtida adicione 1 litro de água e 4 colheres de sopa de açúcar. Mexa bem e adicione alguns cubinhos de gelo!

Referências:

"Plantas alimentícias não convencionais (PANC) no Brasil. Guia de identificação, aspectos mutricionais e receitas ilustradas". Valdery Ferreira Kinupp, Harri Lorenzi, 2014. Produtor Clodoaldo Bernardo. Sítio Bela Vista - Cananéia, SP.

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